A saída de capital estrangeiro da B3 no primeiro semestre deste ano já é a mais intensa desde 2020, ano da pandemia de covid-19, e a expectativa é de que o fluxo negativo prevaleça pelo menos nos próximos dois meses, dada a falta de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) e diante da deterioração fiscal no Brasil, que mina a atratividade dos investimentos no País.
No mês de junho, até quinta-feira (20), os investidores estrangeiros retiraram R$ 6,546 bilhões da Bolsa, sendo o pior mês de junho da série histórica compilada pelo Broadcast desde 2007. Com isso, o saldo negativo no acumulado do ano vai para R$ 42,438 bilhões. É a saída mais intensa de capital desde o primeiro semestre de 2020, quando foi registro um fluxo negativo de R$ 73,679 bilhões na mesma base comparativa.
Com o real acumulando desvalorização de 2,6% ante o dólar em junho e de 9,95% em 2024 – até o início da tarde desta segunda-feira (24) –, o custo de oportunidade para o Brasil se perde na visão dos investidores estrangeiros.
Fonte: Caroline Aragaki e Maria Regina Silva | Estadão E-Investidor