Traficantes são indiciados por matar carroceiro que ‘namorava’ adolescente

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito policial que apurou a morte de um carroceiro, de 56 anos, ocorrida em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Três homens, de 22, 31 e 42 anos, foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado – por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O atirador e o comparsa que teria filmado a ação criminosa estão presos, já o mandante tem mandado de prisão em aberto.

O crime aconteceu na tarde de 26 de agosto, no bairro Roma San Marino, próximo à BR-040, quando a vítima foi executada com 17 tiros, disparados a partir de um veículo. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) em Ribeirão das Neves, delegado Marcus Rios, a forma como os fatos ocorreram gerou repercussão. “Houve filmagem, por parte dos próprios executores, do momento exato em que o crime estava sendo praticado, e essas imagens estavam sendo divulgadas entre a população local”, observa.

Domínio

De acordo com o delegado, por meio do trabalho de apuração, foi possível identificar os suspeitos – executores e mandante – e identificar a motivação para o crime. “O que chamou nossa atenção é que eles procuraram dar uma justificativa moral para esse fato, alegando que a vítima era um abusador de adolescentes, o que não foi confirmado nas investigações. A relação da vítima com a sua companheira, em que pese ser ela uma adolescente de 16 anos, era consensual, conhecida da família, ou seja, não havia nada que pudesse indicar algum abuso por parte da vítima”, informa.

Marcus Rios acrescenta que o argumento inicial dos suspeitos teria como pano de fundo uma espécie de domínio da área. “A ambição de se tornarem ‘xerifes’ da região; e praticaram um crime bárbaro, divulgaram as imagens para poder ampliar a sensação de terror, de que dominam a região, tudo isso também para poder manter o poderio deles sobre o tráfico de drogas local”, explica.

Prisões

O delegado ressalta que tão logo o trio foi identificado, a PCMG representou à Justiça pela prisão temporária dos investigados. Os mandados dos dois apontados como executores foram cumpridos nos dias 17 de outubro e 16 de novembro. O indicado de ser o mandante é procurado pela polícia. “O inquérito foi concluído, inclusive já remetido à Justiça, e houve a representação para que os suspeitos continuassem presos”, finaliza.

O chefe do 2º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Reinaldo Felício Lima, destaca a atuação célere da equipe da DEH na investigação do caso: “já temos duas prisões e três indivíduos indiciados por um bárbaro crime, em que uma pessoa foi brutalmente assassinada”.

 

 

Fonte: Acom / PCMG

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