Se inicia em 2024 mais um ano de eleições municipais. Em Itabira, os bastidores políticos apontam para uma forte polarização entre o grupo do atual prefeito Marco Antônio Lage (PSB) e do ex-prefeito Ronaldo Magalhães (União Brasil).
- Oposição
Dissidentes bem que tentaram emplacar o nome do vereador Neidson Freitas (MDB) na disputa, mas – até o momento – falharam. A oposição se mostra determinada a se unificar em torno de Ronaldo Magalhães – que, inclusive, deve contar com o apoio de Neidson, que agora é cotado como possível vice em uma discussão que só deve terminar perto do prazo final para o registro de candidaturas, em 15 de agosto.
O nome do presidente da Câmara, Heraldo Noronha (PTB), também ganhou força para ser vice em uma esperada candidatura de Ronaldo. O parlamentar se mostrou “punho firme” ao defender a inclusão de todos os servidores públicos no projeto do plano de cargos e salários.
Outros nomes fortes para concorrer a vice são o da vereadora Rose Félix e do sindicalista André Viana. Conhecidos no meio político da cidade, os dois também se mostram influentes entre os religiosos. Escolher Rose ou André pode ser um aceno aos evangélicos da cidade, que se mostraram decisivos no último pleito.
Deixadas as discussões de quem será vice de lado, a oposição deve focar nos muitos problemas do governo Marco Lage. O alto gasto de verbas públicas em festas, a má gestão da saúde, os polêmicos contratos milionários sem licitação e a crise enfrentada (ou causada) pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) podem garantir muita pauta nas eleições.
O foco também deve estar nas conquistas das gestões de Ronaldo. A implantação do Colégio Militar, a construção da Avenida Integração, o trevo do Itabiruçu, a iluminação 100% led, as moradias populares e outros feitos devem ganhar destaque durante a corrida eleitoral.
- Situação
O atual prefeito Marco Antônio Lage (PSB) deve ter bastante trabalho ao tentar a reeleição. Desde a redemocratização, Itabira só reelegeu um prefeito.
Para o pleito de 2024, Marco Lage já tem como desafio escolher quem será o candidato a vice. O pastor Marco Antônio Gomes (PL), que atualmente ocupa o cargo, já se demonstrou desalinhado com o chefe do Executivo. Em áudios compartilhados nas redes sociais, o pastor chegou a dizer que o governo “armou contra ele” e disse que há “demônios” na prefeitura. A relação entre os “Marcos” pode até ser harmoniosa, mas não o bastante para embalar uma nova chapa.
Muitos situacionistas confiavam no nome do vereador Weverton Vetão (PSB) para concorrer com Marco, mas a relação entre o legislador e o prefeito ficou bastante desgastada nas últimas semanas. Vetão foi expulso da liderança do governo na Câmara e votou a favor de várias emendas no plano de cargos e salários que os governistas eram absolutamente contra.
Nos bastidores políticos, ainda é um verdadeiro mistério quem irá compor a chapa da situação. A decisão também só deve ser tomada perto do prazo final para o registro de candidaturas, no dia 15 de agosto.
Durante a campanha, Marco Lage deve tentar apagar a mancha de “prefeito gastão” e pode adotar um discurso de grandes feitos. O asfaltamento de Ipoema ao Carmo (ainda não concluído) e a vinda do curso de Medicina para uma faculdade particular devem ser as principais bandeiras da possível candidatura. Marco também deve destacar os shows realizados durante o mandato.