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Em entrevista coletiva na Rússia, Lula fez questão de destacar que o início do esquema de descontos ilegais no INSS se deu em 2019

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Fraudes no INSS: Lula diz que não tem pressa nas investigações e não quer ‘show de pirotecnia’ 

Em entrevista coletiva na Rússia, Lula fez questão de destacar que o início do esquema de descontos ilegais no INSS se deu em 2019

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (10) que não tem pressa na investigação sobre o esquema de fraudes no INSS. Em entrevista a jornalistas, durante viagem à Rússia, o petista disse que espera que apuração com “seriedade”, e não um “show de pirotecnia”.  “Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para contar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade”, respondeu, ao ser questionado sobre demora na investigação. Investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou um esquema nacional de descontos associativos não autorizados feitos por sindicatos em aposentadorias e pensões, que retiraram R$ 6,3 bilhões dos beneficiários entre 2019 e 2024.  Desse total, o governo ainda identifica quanto foi descontado ilegalmente e quanto foi devidamente autorizado pelo beneficiário. “Como a gente quer apurar com muita seriedade, tanto a CGU quanto a Polícia Federal foram a fundo na exploração para chegar no coração da quadrilha. Se tivesse feito um carnaval há um ano, possivelmente, poderia ter parado no carnaval, como acontece em todas as denúncias. Você faz um show de pirotecnia numa semana e na outra se esquece”, disse. Segundo ele, a devolução dos valores descontados ilegalmente dos aposentados e pensionistas depende da constatação de quantas pessoas foram, de fato, enganadas. “O que eu sei é que eles não terão prejuízo”, destacou.

‘Fraudes começaram em 2019’, diz Lula

Na entrevista, Lula ainda fez questão de ressaltar que o início da fraude se

deu em 2019. “E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019, vocês sabem quem era ministro da Previdência em 2019, vocês sabem quem era chefe da casa civil em 2019”.

“É por isso que nós vamos que nós vamos a fundo pra saber quem é quem nesse jogo e se tinha alguém do governo passado envolvido nisso”, acrescentou.

O presidente afirmou também que “esse é um assunto que ele evita comentar” porque está na mão da Polícia Federal e da Justiça. Mas defendeu as investigações e garantiu que as vítimas não serão prejudicadas.

Além disso, ele aproveitou para citar que “tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime, mas tem outras que foram

criadas para cometer crime”. O irmão mais velho do presidente Lula, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, é vice-presidente de uma das entidades investigadas pela PF por supostos descontos não autorizados em benefícios previdenciários.

Na quinta-feira (8), o governo anunciou o plano de ressarcimento para os beneficiários que tiveram descontos associativos nos benefícios

identificados pelo INSS e já começou a notificar, pelo canal Meu INSS, segurados que não sofreram nenhum desconto. A partir desta terça-feira (13), o INSS vai enviar um comunicado aos beneficiários que foram lesados, também de forma exclusiva pela plataforma Meu INSS, que pode ser acessada via site ou aplicativo.

Lula defende viagem à Rússia

O presidente também justificou sua viagem à Rússia,  destacando principalmente que o país é um “bom parceiro comercial”, após ser criticado

por estar ao lado de ditadores, todos a favor da Rússia em relação à guerra com a Ucrânia.

“Eu sinceramente quero dizer para vocês que o discurso do Brasil vai continuar exatamente o mesmo. Nós trabalhamos, queremos e torcemos para que essa guerra acabe. E essa guerra só pode acabar se os dois quiserem. Se um só quiser, não vai acabar”, afirmou.

FONTE:AGÊNCIA

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