Museu Casa Guimarães Rosa chega aos 50 anos com novidades e celebrações

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Há exatos 50 anos, o Museu Casa Guimarães Rosa foi inaugurado com uma cerimônia que reuniu uma multidão – de autoridades do mundo político, como o então governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, e o prefeito da cidade, Geraldo José Martins, a anônimos e curiosos atraídos pela novidade. O presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, e a filha de Guimarães Rosa, Vilma Guimarães Rosa, também estiveram presentes. “Foi uma grande movimentação, tinha muita gente.” As recordações daquele sábado, 30 de março de 1974, em Cordisburgo, ainda estão vivas para Ronaldo Alves.

A vida de Ronaldo seria muito diferente sem o Museu Casa Guimarães Rosa. Foi ali que ele, adolescente, despertou para a cultura e para a literatura rosiana. Desde 2006, ele é o coordenador do MCGR, cargo que também ocupou de 1993 a 1997. “O Museu é minha segunda casa, fez parte da minha formação intelectual, como educador e também como cidadão”, diz o professor de história.

Cravado no número 744 da avenida Padre João, no Centro da pequena cidade de 8 mil habitantes do sertão mineiro, o histórico espaço, gerido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Diretoria de Museus da Secretaria de Estado de Turismo e Cultura (Secult), completa cinco décadas neste sábado (30) com novidades e motivos para celebrar.

O Museu Casa Guimarães Rosa foi contemplado no edital “Resgatando História”, do governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e receberá recursos para recuperação da edificação. O contrato foi assinado no fim de fevereiro. Ao todo, são R$ 7 milhões para quatro museus em Minas Gerais: Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, em Mariana, e Museu Mineiro, em Belo Horizonte, além do MCGR.

Existe também um plano de expansão do Museu, que poderá ocupar o imóvel vizinho, transformado em uma espécie de centro de estudos da obra de Guimarães Rosa. O projeto está em fase de captação e busca patrocínios. Outra proposta em vista é a criação do ambiente digital do MCGR no metaverso, em sintonia com a perspectiva da museologia contemporânea.

O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância, entre 1908 e 1917. O edifício é composto pela residência onde habitava a família do escritor e pela venda mantida pelo pai do autor de “Grande Sertão: Veredas”, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”.

Fonte: Agência Minas

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