“Por falta de verba”, agência do Governo Federal suspende fiscalização em barragens; Zema critica e diz que “recursos para viagens não faltam”

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Repercute entre servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM), recente comunicado oficial do órgão informando paralisação imediata de todas as atividades de fiscalização em campo. A ANM é o órgão do governo federal responsável pela fiscalização das atividades minerárias, entre elas o monitoramento das barragens.

Em um informativo, a ANM diz que os agentes só vão comparecer em fiscalizações em casos de urgência e emergência, e que as medidas fiscalizatórias acontecerão apenas de forma remota.

Na justificativa apresentada no documento, com data de 7 de agosto, a ANM diz que falta dinheiro para arcar com os custos de diárias, passagens, combustível, manutenção de viaturas e outros itens de logística. Isto após redução de R$18 milhões no orçamento, segundo o documento, atribuída ao governo federal.

O informativo é assinado por Mauro Henrique Moreira Sousa, Diretor Geral da Agência Nacional de Mineração, e por Júlio Cesar Mello Rodrigues, Superintendente Executivo da ANM. A decisão foi tomada através da Diretoria Colegiada, ou seja, por votos da maioria dos chefes da agência.

No informativo, a ANM diz que “a Agência Nacional de Mineração, enfrenta, de forma desigual, enormes dificuldades operacionais em suas atividades finalísticas e de suporte, oriundas de histórica deficiência Orçamentária, Estrutural e de Pessoal em seus quadros.”

A informação sobre a paralisação das atividades de fiscalização em barragens de mineração foi recebida com “decepção” pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Nesta segunda-feira (12), durante cerimônia de anúncios de obras em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, o governador disse que essa é uma “péssima notícia” e que o rompimento da barragem da Vale no município, em 2019, ocorreu por problemas na fiscalização.

“Eu cortaria recursos de coisas desnecessárias, principalmente viagens, que parece não tem faltado nesse novo governo federal. É uma questão de priorizar e aqui em Minas nós priorizamos o que é importante e não o que é supérfluo e maquiagem. Vejo com decepção e muito desgosto essa medida. Vou me inteirar se for isso mesmo. Precisamos ver os detalhes”, afirmou.

*Fonte: Rádio Itatiaia

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