Uma comitiva composta por membros do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Ministério Público Federal, da Advocacia Geral da União (AGU) e do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) realizou uma visita à cidade de Mariana e às regiões impactadas pelo rompimento da Barragem de Fundão.
A ação teve como objetivo principal ouvir os relatos e preocupações dos moradores das comunidades afetadas, como Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e a zona rural de Mariana. A visita incluiu uma passagem pela sede da Assessoria Técnica Independente (ATI) da Cáritas, em Mariana, onde a comitiva ouviu relatos sobre as dificuldades ainda enfrentadas pelos atingidos. A parada seguinte foi em Bento Rodrigues, uma das localidades mais atingidas pelo desastre. As imagens das ruínas e das marcas deixadas pela lama nas paredes das estruturas remanescentes ainda são visíveis, incluindo os escombros da Igreja São Bento, totalmente destruída pela tragédia.
Seu José Nascimento, mais conhecido como Zezinho do Bento, se emociona ao chegar perto de onde morava: “Sinto uma dor no peito e vontade de chorar. Dói muito voltar em um lugar em que as pessoas viviam felizes, plantavam, colhiam e perderam tudo.”
A Caravana também visitou o assentamento Nova Bento Rodrigues, construído pela Fundação Renova, onde 60 famílias estão residindo.
Com a criação do TRF6 em agosto de 2022, os processos relativos ao desastre foram transferidos para este novo órgão judicial. O primeiro compromisso público da presidente do Tribunal, desembargadora federal Monica Sifuentes, em 2024, foi em Mariana, para ouvir essas comunidades. Para a magistrada “estes são problemas que a Justiça Federal ainda tem que resolver, a visita marca o compromisso do TRF6 em agir com assertividade para amenizar a situação das pessoas afetadas por esse grande trauma que causou o acidente aqui em Minas Gerais”.
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*Com informações do Tribunal Regional Federal da 6ª Região e MPMG
Fotos: Quel Satto/Cáritas MG|ATI Mariana