Nesta quarta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações provenientes do Brasil para o mercado americano. Essa decisão impacta diretamente empresas exportadoras e setores como o agronegócio e a indústria de base. No entanto, algumas companhias podem sair ganhando com esse novo cenário — entre elas, a Vale (VALE3).

De acordo com especialistas, a mineradora tem pouca dependência do mercado norte-americano, o que a protege parcialmente dos efeitos da nova tarifa.

A principal parceira comercial da Vale é a China. Em 2024, a empresa obteve US$ 18,5 bilhões em receita líquida operacional a partir de transações com o país asiático, o que correspondeu a 49% de toda a sua receita líquida anual. Foram exportadas 187 milhões de toneladas de minério de ferro para a China, representando 60% das vendas totais da commodity e 61% da receita gerada com esse produto.

Além disso, a China também foi responsável por 13% da receita da mineradora com os metais níquel e cobre, considerados estratégicos para os planos futuros da companhia.

A baixa exposição da Vale ao mercado dos EUA, aliada à valorização do dólar, pode contribuir positivamente para o desempenho de suas ações (VALE3).

Nesse contexto, analistas apontam que o cenário pode se tornar mais favorável para os papéis da mineradora, especialmente se o real continuar desvalorizado e a demanda chinesa permanecer aquecida.

Esta análise não constitui recomendação de compra ou venda das ações da VALE3.

*Com informações: Suno Notícias