Com um grande arquivo deixado por Joycilene Sousa de Araújo, de 42 anos, a irmã e a filha fizeram uma transmissão ao vivo pedindo socorro para as autoridades e explicando toda trajetória do relacionamento da mulher com o itabirano Thiago Augusto Sampaio Borges. No vídeo, elas mostram um caderno onde estavam as falas de Joycilene que, após tomar remédios de tarja preta, entrou em complicações e veio a óbito no dia 17 de novembro.
Segundo a irmã e a filha, elas conversaram com várias mulheres que foram vítimas de Thiago e, segundo elas, ainda não há um procedimento da Justiça em relação aos crimes cometidos por ele.
De acordo com a família, a vitima foi manipulada durante 24 horas e o itabirano chegou a pedir que ela fizesse chamadas de vídeo para mostrar a filha dormindo.
Em uma situação narcisista, o homem começou a pedir dinheiro para Joycilene, que chegou a tirar até do FGTS para repassar o valor ao itabirano.
O relacionamento da vitima começou com Thiago Borges após eles se conhecerem pela internet. Com ‘frases bonitas e encantadoras’, ele se aproximou de Joycilene, que estava emocionalmente abalada com o término de um relacionamento de seis anos.
Segundo a irmã da vítima, o itabirano fez com que a mulher comprasse um veículo no valor de R$ 106 mil e contraísse vários empréstimos, tudo isso com a ilusão de criar uma família com Thiago.
O dossiê feito pela filha e a pela irmã de Joycilene conta com três cadernos, vários prints e relatos de tortura psicológica que a vítima veio sofrendo até tentar cometer suicídio por duas vezes, vindo a óbito na segunda tentativa.
Para a família, Joycilene foi abusada e manipulada 24 horas, sendo perseguida e, por não aguentar não a pressão, se matou.
Conforme a filha, um dos cadernos foi escrito pela própria vítima e relata os sofrimentos e até uma medida protetiva que havia sido feito para afastar o itabirano.
A vitima chegou a fazer uma carta de despedida pedindo desculpas aos mais próximos e disse: “Fulano que se cuide para não ferir mais ninguém […] mais viva da certeza que suas palavras foram fundamentais para que eu desistisse de viver”.
A Polícia Civil do Estado do Acre abriu um inquérito para apurar o ocorrido. Até o fechamento desta reportagem, não conseguimos contato com o itabirano citado na matéria, mas deixamos o espaço aberto através de nosso correio eletrônico noticiasuai@gmail.com . Em contato com outro portal de notícias, ele negou todas as acusações, disse que está sendo caluniado e difamado e que tomará providências.
Fotos: reprodução / g1
