Agente de saúde do distrito de Senhora do Carmo, em Itabira, é presa pela Polícia Civil

A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido em desfavor de uma agente comunitária de saúde do distrito de Senhora do Carmo, em Itabira. A mulher é suspeita de cobrar valores de uma família por serviços de saúde realizados pela rede pública, que são gratuitos.

“Iniciadas as investigações, a Polícia Civil reuniu elementos que demonstravam que a agente solicitava e recebia, em razão do cargo público, vantagem indevida, fazendo os beneficiários dos serviços de saúde a acreditar que para receberem atendimento médico, precisavam pagar pelo tratamento”, disse a PCMG em nota.

As informações chegaram ao conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde por meio de denúncias realizadas tanto na ouvidoria do Município de Itabira, quanto na unidade de saúde do distrito.

“Após a investigada ter sido denunciada perante o poder público, ela passou a ameaçar as testemunhas, fazendo, inclusive, que mentissem em seus depoimentos. Além disso, a investigada comparecia à casa de uma testemunha, pegava o seu telefone celular e passava a encaminhar mensagens para outras pessoas, como se fosse a testemunha, negando as cobranças e os pagamentos”, relatou a Delegacia Regional de Itabira.

De acordo com o delegado Diogo Luna Moureira, responsável pela investigação, a mulher fez uma testemunha acreditar que o telefone dela estava com uma escuta e, portanto, tudo o que falasse para outras pessoas a agente comunitária saberia.

A investigada foi encaminhada ao Sistema Prisional.

Secretaria Municipal de Saúde se posicionou

A assessoria de Comunicação da Prefeitura de Itabira enviou uma nota ao Notícias Uai, às 18h10m, sobre o fato. Leia na íntegra:

“A respeito da prisão de uma agente comunitária de saúde (ACS) no distrito de Senhora do Carmo, divulgada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (17), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que contribui com as autoridades de segurança pública para a condução do caso.

A SMS relata que recebeu denúncias a respeito do caso de extorsão, inclusive na Ouvidoria Municipal. Assim, a secretaria realizou todos os procedimentos necessários como, por exemplo, um processo administrativo para apurar as denúncias e afastou a profissional de suas atividades profissionais.

A própria SMS acionou a Polícia Civil e o Ministério Público, tão logo recebeu provas reais de ameaça à família envolvida cometidas pela suspeita.

A Secretaria Municipal de Saúde segue à disposição dos órgãos de segurança e reitera seu compromisso com o atendimento ético e de qualidade e rigorosa atenção a todos os preceitos legais do serviço público.”

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