Casos de dengue preocupam profissionais da saúde; mesmo assim prefeitura de Itabira gastará quase R$ 2 milhões só com os shows da Expoita

Itabira está enfrentando uma grave situação de emergência devido ao expressivo aumento de casos de dengue. Enquanto os cidadãos e os profissionais da saúde lidam com a preocupação crescente em relação à saúde pública, a prefeitura anunciou o gasto de quase R$ 2 milhões na contratação de shows para a 35° Exposição Agropecuária e Industrial de Itabira, a Expoita. A notícia tem gerado indignação na população, que questiona a prioridade dos gastos em meio à crise epidemiológica.

O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti – LIRa, realizado em maio de 2023 em Itabira, teve resultado de 5,2% (cinco vírgula dois por cento) acima do recomendado pelo Ministério da Saúde, sinalizando uma situação crítica em relação à possibilidade de surto de Dengue, Chikungunya e Zika.

De acordo com informações da própria prefeitura, houve uma crescente infestação por Aedes nos últimos dias com 2.794 (dois mil, setecentos e noventa e quatro) casos notificados (atualização até a semana epidemiológica 26) e se trata de uma situação anormal provocada pelo alto índice de infestação pelo Aedes aegypti caracterizada como Situação de Emergência na área urbana e rural do Município de Itabira.

Devido à gravidade, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, por meio do decreto n.º 4.242, declarou situação de emergência de saúde pública em resposta ao surto de dengue.

Apesar deste cenário, a prefeitura de Itabira anunciou a realização dos shows de Vitor Fernandes (dia 10 de agosto), Simone Mendes (dia 11 de agosto), Luan Santana (dia 12 de agosto) e Raça Negra (dia 13 de agosto). Ao todo, os cofres públicos arcarão com o valor de (um milhão, quinhentos e trinta mil reais) somente com a apresentação dos artistas, não incluindo, por exemplo, outros gastos como a infraestrutura para o evento.

O valor do cachê dos artistas é de: Raça Negra R$ 325.000,00; Simone Mendes R$ 475.000,00; Luan Santana R$ 510.000,00; e Vitor Fernandes R$ 220.000,00.

O gasto tem gerado intensos debates e críticas por parte da população, que questiona a escolha da administração municipal de investir em mais um evento festivo, em vez de destinar mais recursos ao combate à dengue e à saúde em geral.

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