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Delegado regional Diogo Luna recebe a medalha desembargador Hélio Costa em Itabira

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Texto e fotos: Defato Online

O delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Itabira, Diogo Luna, recebeu nesta terça-feira (2), a Medalha Desembargador Hélio Costa, homenagem destinada para pessoas que se destacam em suas áreas de atuação prestando serviços relevantes ao Poder Judiciário. A homenagem foi entregue pelo Juiz de Direito, Dr. João Fábio Bomfim Machado de Siqueira, em uma cerimônia realizada no Salão do Tribunal do Júri da Comarca de Itabira, com a presença de autoridades locais.

 

 

Diogo Luna é Doutor e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e desde abril de 2024 está à

frente da Delegacia Regional de Itabira. Além de delegado, Luna também atua como professor do mestrado em Segurança Pública e Cidadania da Faculdade de Políticas Públicas da Universidade de Estado de Minas Gerais (UEMG) e, ainda, é membro da Academia de Polícia Civil (Acadepol) do Estado de Minas Gerais.

 

 

O delegado regional também faz parte do grupo de pesquisa Segurança Pública e Cidadania, coordenador adjunto do

Comitê de Ética – ambos da UEMG – e ainda é membro do conselho editorial da Revista Avante da Acadepol. No ano passado, 85% das del

egacias de Polícia Civil sob sua jurisdição estavam com o projeto institucional “Chame a Frida” em pleno funcionamento.

“Itabira é a experiência mais vívida dos meus dias, não um retrato”

Em um discurso sensível, carregado de referências literárias, memórias pessoais e refle

xões sobre sua trajetória, Luna transformou sua fala em uma verdadeira ode à vida, à segurança pública e ao compromisso com o serviço público. Após saudar autoridades, colegas de profissão, representantes de instituições parceiras, lideranças comunitárias e familiares, o delegado justificou o tom extenso da abertura: precisava reconhecer cada pessoa que, segundo ele, “teceu sua caminhada”.

Na sequência, Luna deu início ao discurso que preparou previamente, assumindo uma narrativa poética inspirada em Carlos Drummond de Andrade, cuja obra pairou como referência constante. Ele pediu licença ao poeta para falar sobre suas origens no norte de Minas, marcada pela religiosidade e pela força do povo do Jequitinhonha, ao exercício contemporâneo do direito e da segurança pública.

O delegado dedicou parte significativa do discurso à família, especialmente à esposa, à

mãe, ao pai, ao filho e à tia, chamada por ele de “segunda mãe”. Luna também traçou paralelos entre o direito, a democracia e, sobretudo, a segurança pública, área que afirmou não apenas vivenciar, mas estudar, pensar e reinventar. Com referências literárias, bíblicas e filosóficas, o homenageado comparou o trabalho policial à flor citada por Drummond, que rompe o asfalto apesar de parecer imperceptível: “Uma flor ainda desbotada. Ilude a polícia. Rompe o asfalto”. A metáfora foi utilizada para simbolizar a esperança que, segundo ele, o move diariamente, mesmo diante das dificuldades estruturais da segurança pública no país.

Em um dos trechos mais emocionantes, Luna creditou ao povo quilombola do Morro Santo Antônio o aprendizado da resistência e da resiliência, e disse ter encontrado em Itabira a experiência mais profunda de sua vida profissional. “Carrego para sempre a missão de defender o direito, a democracia, a diversidade, em um exercício incansável de alteridade, empatia, resiliência e resistência”.

A Medalha

A medalha foi instituída pelo então presidente do TJMG, desembargador Márcio Aristeu Monteiro de Barros. Patrono da medalha, o desembargador Hélio Costa foi presidente do TJMG durante o biênio 1980/1981, além de corregedor-geral de Justiça em 1976 e 1977. Natural de Sabará, Minas Gerais, o magistrado nasceu em 22 de fevereiro de 1914.

Era filho de Duarte Costa e Maria Amália Costa. Bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), turma de 1937 e, em 1940, ingressou na magistratura. Atuou nas comarcas de Inhapim, Itamarandiba, Abre Campo, Araçuaí, Patos de Minas e Itapecerica. Em Belo Horizonte, foi juiz titular da 6ª Vara Cível.

Foi promovido ao cargo de desembargador em março de 1964, exercendo ainda os cargos de presidente do Tribunal de Justiça Esportiva de Minas Gerais (1961/1963), presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (1973), provedor da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (1985/1991), entre outros cargos.

Aposentou-se em 1984, mas em 1º de setembro de 2003, por meio da Portaria no 1500/2003, foi designado para exercer as funções de superintendente da Memória do Judiciário Mineiro (Mejud), cargo que ocupou até o seu falecimento, em dezembro de 2011.

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