Itabira registrou, em menos de um mês, três mortes por acidentes de trânsito em vias urbanas. No dia 11 de novembro, uma motociclista de 22 anos morreu após tentar ultrapassar um coletivo no bairro Gabiroba. No dia 30 de novembro, um motoqueiro de 21 anos faleceu após colidir com um ônibus no bairro Nossa Senhora das Oliveiras.
Nesta terça-feira, 3 de dezembro, uma pedestre perdeu a vida após cair debaixo de um coletivo. Os veículos envolvidos nas ocorrências são de empresas distintas.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), quase metade (49%) das pessoas que morrem nas vias em todo o mundo são pedestres, ciclistas e motociclistas.
A organização alerta para medidas de segurança no trânsito, como a velocidade: “Um aumento na velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à gravidade das suas consequências. Cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente (4,5 vezes de 50 km/h para 65 km/h). No choque entre carros, o risco de morte para seus ocupantes é de 85% a 65 km/h”.
A Opas também alerta sobre as infraestruturas viárias inseguras: “O desenho das vias pode ter um impacto importante em sua segurança. Idealmente, elas devem ser projetadas considerando a segurança de todos os usuários das vias. Isso significa garantir serviços adequados para pedestres, ciclistas e motociclistas. Medidas como calçadas, ciclovias, pontos de passagem seguros e outras formas de ordenamento do trânsito são fundamentais para reduzir o risco de lesões”.
Conforme a organização, “lesões no trânsito podem ser evitadas. Os governos precisam adotar medidas para abordar a segurança no trânsito de maneira integral. Isso requer envolvimento de vários setores, como transporte, segurança pública, saúde, educação e ações que tratam da segurança viária, veículos e seus usuários. Entre a lista de intervenções eficazes estão: desenhar uma infraestrutura mais segura e incorporar elementos de segurança viária na planificação do uso de solo e de transportes; melhorar os dispositivos de segurança dos veículos e a atenção às vítimas de acidentes de trânsito; estabelecer e aplicar normas relacionadas aos principais riscos; e aumentar a conscientização pública sobre o tema”.