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‘Falsa couve’: últimos internados têm alta 14 dias após intoxicação em MG

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Os idosos de 60 e 64 anos, que estavam internados por comerem ‘falsa couve’, tiveram alta nesta terça-feira (21). De acordo com a secretária de Saúde de Patrocínio, Luciana Rocha, ambos deixaram a Santa Casa de Patrocínio e foram para a casa de familiares, após 14 dias no hospital.

Eles estavam internados desde 9 de outubro, depois de comeram a Nicotiana glauca, uma planta tóxica conhecida por falsa couve. Veja abaixo.

Além deles, um homem de 67 anos foi internado, mas recebeu alta um dia após a intoxicação. No dia 13 de outubro, Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu após piora no estado de saúde por causa de uma lesão grave no cérebro.

No dia 8 de outubro, por volta das 15h, Claviana e os três homens passaram mal pouco depois do almoço em família em uma chácara na zona rural. Eles foram atendidos por equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar.

No momento do socorro, as vítimas sofreram parada cardiorrespiratória, mas os socorristas reverteram o quadro ainda no local. Elas foram encaminhadas em estado grave para a Santa Casa de Patrocínio e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Uma criança de 2 anos também foi hospitalizada, mas apenas para observação, já que não ingeriu a planta.

A “falsa couve” foi colhida no próprio terreno e servida refogada na refeição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família havia se mudado recentemente para a chácara e acreditava que a planta era couve, devido à semelhança com o vegetal.

A Secretaria de Saúde informou que parte da “falsa couve” foi encontrada na arcada dentária de Claviana e encaminhada, junto com outras folhas da planta, para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. A principal linha de apuração é envenenamento acidental.

Como diferenciar a ‘falsa couve’ da verdadeira

A Nicotiana glauca, planta conhecida como “falsa couve”, tem características físicas que podem diferenciá-la da couve verdadeira. Entre elas, estão: folhas um pouco mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada.

As informações foram confirmadas pela professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

“Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, a Nicotiana glauca tem um verde mais vivo. Mas, ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação. A dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência”, afirmou a especialista.

Ainda de acordo com a professora, a ingestão da Nicotiana glauca pode causar intoxicação grave e até levar à morte.

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