
Como desdobramento de trabalho investigativo sobre esquema de fabricação e comercialização de atestados médicos falsos, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante um homem, de 47 anos. Na residência dele, foram apreendidos 194 documentos preenchidos, assinados e carimbados, além de materiais usados na falsificação, como atestados e receituários em branco e carimbos adulterados.
Segundo o delegado Magno Machado Nogueira, titular da Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes Contra a Ordem Tributária, a apuração teve início a partir de um levantamento realizado pela Corregedoria da Polícia Penal e pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp-MG), indicando que havia um número expressivo de atestados médicos emitidos para servidores do sistema prisional.
“Esses atestados, pelo número excessivo e fora do padrão, estavam causando prejuízo ao serviço, às escalas de plantão, uma vez que ocorreram situações em que um turno inteiro apresentou atestado médico antes de entrar ao serviço. Identificou-se mais de 2 mil atestados médicos. Considerando apenas uma amostragem, somou-se mais de 36 mil dias de atestados de servidores que não foram trabalhar”, informou Nogueira.
Prisão
O suspeito foi preso após ação de vigilância realizada em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Durante o monitoramento, os investigadores observaram que o homem realizava entregas frequentes a motoboys e ocupantes de veículos. Ele foi abordado no momento em que portava um atestado médico já preenchido e pronto para ser entregue.
Já na residência do investigado, os policiais localizaram materiais relacionados com a prática criminosa. O homem foi, então, autuado por falsificação de documento público, falsificação de documento particular e falsidade ideológica, crimes previstos nos arts. 297, 298 e 299 do Código Penal.
As investigações continuam para identificar todos os beneficiários dos documentos falsos, possíveis intermediadores e demais envolvidos na cadeia ilícita.











