O 26º Batalhão de Polícia Militar emitiu nota após os acontecimentos envolvendo um motorista de ônibus coletivo e militares nesta sexta-feira, 28 de março, em Itabira. A ocorrência acabou com o trabalhador preso com uso de “técnicas de imobilização” e mata-leão.

A corporação se posicionou sobre o caso, mas ao ser indagada sobre possíveis abusos ou uso excessivo de força se limitou a dizer que “caso seja verificada alguma irregularidade nas ações, adotará as medidas cabíveis”.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o homem levando uma “mão fechada” na boca, o que pode ter causado as lesões tanto na mão do policial quanto nos lábios do trabalhador.

Em uma entrevista publicada pelo portal Defato Online, o filho do trabalhador preso pela Polícia Militar conta a versão da família e confirma que o pai já serviu ao Exército Brasileiro: “respeitamos a PM, mas a forma como os militares abordaram ele não justifica”, disse.

Segundo o filho, o motorista sai de casa às 6 horas da manhã para trabalhar em uma oficina mecânica e, de noite, volta para trabalhar como motorista de coletivo. De acordo com informações de populares, o trabalhador preso é uma pessoa idônea e não tem passagens por desordens envolvendo atos ilícitos.

A Polícia Militar não deixou claro se vai abrir procedimentos para apurar os fatos. Leia a nota na íntegra:

“ITABIRA – POLÍCIA MILITAR PRENDE INDIVÍDUO POR RESISTÊNCIA E USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA

No dia 28/03/2025, por volta das 22h50min, durante o atendimento a um acidente de trânsito, no qual um dos condutores era inabilitado, o indivíduo tentou evadir-se, sendo capturado após perseguição. Após a captura, ao retornar ao local do acidente, durante o trajeto pela Avenida Madalena Pereira Santos, no bairro São Joaquim, a viatura com giroflex e sirene acionados solicitou passagem ao motorista de um ônibus. O motorista, de forma imprudente, não respeitou a sinalização e obstruiu a passagem da viatura, colocando em risco a segurança da via e dos usuários.

Diante da recusa do motorista em dar passagem, ele foi abordado e, ao desrespeitar a equipe policial, ainda se passou por um sargento do Exército, apresentando documentos falsificados.

O autor recebeu voz de prisão, resistindo à abordagem, sendo necessário o uso de técnicas de imobilização. Durante a resistência, o autor sofreu uma pequena lesão nos lábios e um dos militares ficou ferido, sofrendo uma lesão na mão direita, necessitando de atendimento médico. O autor foi encaminhado ao pronto-socorro e, posteriormente, à Delegacia de Polícia Civil, onde foi preso pelos crimes de resistência e usurpação de função pública.”