Mãe de bebê morto sob suspeita de estupro em Ouro Preto é autorizada a ir em velório

A juíza Vânia da Conceição Pinto Borges permitiu que a jovem de 21 anos comparecesse ao velório da filha, de 6 meses, que morreu sob a suspeita de estupro em Ouro Preto, região Central de Minas Gerais. A defesa da mulher alegou que ela estava “chorando, desesperada, e que seu único desejo é participar do velório da filha”.

O advogado do pai da criança, suspeito de cometer o estupro, não realizou o pedido à Justiça e, por isso, não houve decisão em relação a ele. Na mesma decisão, a juíza negou o pedido de liberdade provisória do casal e homologou a prisão em flagrante do casal pelo crime de maus-tratos que resultou em morte.

Os mandados de prisão foram expedidos com a validade até 2039, data da possível prescrição do crime. A ocorrência foi na noite do último sábado (1º), quando a Polícia Militar foi acionada por médicos após a criança chegar ao hospital com parada cardiorrespiratória e, após 30 minutos de tentativa de reanimação, ocorreu o óbito.

Médicos relataram que a criança tinha marcas no rosto, aparentando ser de dois a três dias atrás, o que leva à suspeita de violência contra a menor. Os profissionais da saúde constataram alargamento anal e vermelhidão, com indícios de que possa ter havido algum tipo de violência sexual.

Durante a ocorrência, a mãe da criança alegou que estava na casa do namorado quando deixou a filha deitada em uma cama de casal, com o pai da menina e foi tomar banho.  A mãe disse que, passado algum tempo, ouviu o choro da bebê, motivo pelo qual foi até o quarto e se deparou com o companheiro dizendo que a filha do casal havia caído da cama e precisava ir ao hospital.

Já o pai alegou que a filha estava na cama de casal, acordada, e que ele se deslocou até a cozinha, para fazer um lanche, onde teria ficado por no máximo 5 minutos. Na versão do homem, ele ouviu um barulho e o choro da bebê, momento em que percebeu a gravidade da queda e socorreu imediatamente sua filha, negando qualquer violência contra a menor.

Em razão desses fatos, os autuados foram presos em flagrante delito. Sobre denúncia de possível abuso sexual, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que investiga os fatos.

Com informações de O Tempo.

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