Os estoques de sangue na Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Minas Gerais (Hemominas) estão críticos, o que pode comprometer o tratamento de diversas pessoas no Estado. Neste mês de junho, dedicado ao doador de sangue, um apelo é realizado para que cidadãos compareçam às unidades. Campanhas vêm sendo realizadas tanto pelo poder público quanto por pessoas que estão com parentes em centros de saúde.
Dos oito tipos sanguíneos, apenas o AB+ está com estoque estável. Os demais se encontram abaixo, sendo que três deles críticos (O+, O- e A+) e quatro em alerta (AB-, B-, B+ A-). Os dados são da última sexta-feira (16). O analista da Assessoria de Captação de Doadores da Fundação Hemominas, Thiago Sindeaux, explica que a principal queda nos estoques se dá nos grupos de RH negativo.
“Em todo o Brasil, após a pandemia de Covid-19, tivemos queda de comparecimento de candidatos para doação. Aqui em Minas Gerais, por exemplo, ressaltamos que no mês de junho, enfrentamos ainda o período de frio. As pessoas se hidratam menos, acabam apresentando sintomas gripais e pela sensação de frio deixam de realizar a doação”, afirma.
O Junho Vermelho, conforme explica Sindeaux, tem como principal data o dia 14 de junho. “Celebramos em todo o mundo o dia do voluntário de sangue. Com a campanha agradecemos quem tem o costume de doar habitualmente e lembramos aqueles que nunca doaram ou estão por longo período sem comparecer à unidade que façam isso por solidariedade. A campanha está sendo desenvolvida em todas as unidades”.
As causas para as quedas dos estoques de sangue são múltiplas, como sugere o analista. “Temos passado por um momento de crise mundial e isso impacta muito nas famílias brasileiras. O aumento [no preço] do transporte coletivo faz com que ir até as unidades se torne custoso, por isso, a Hemominas adota estratégias como a coleta externa. Vamos até locais e empresas quando as pessoas não podem comparecer”.
Com informações de O Tempo.