Minas Gerais registrou a primeira morte por febre amarela em 2025. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), nesta terça-feira (4 de fevereiro). O Estado está sob alerta do Ministério da Saúde para o aumento da transmissão da doença infecciosa febril aguda, que é transmitida pela picada de mosquitos.
A morte foi registrada na cidade de Extrema, no Sul de Minas. O paciente foi diagnosticado com a doença na última sexta-feira (31 de janeiro). Segundo a SES-MG, trata-se de um morador de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, que se deslocava diariamente para o município de Extrema. O local provável de contaminação ainda é investigado pela SES-MG.
Alerta da Saúde
O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica – encaminhada às secretarias de saúde – destaca que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e de imunização nas áreas consideradas de risco.
“O estoque de vacinas contra a febre amarela no Brasil está regular, com envios sendo realizados conforme as solicitações dos gestores estaduais, responsáveis pela distribuição aos municípios”, informou o ministério. Em 2024, a pasta distribuiu 20.882.790 doses do imunizante contra a febre amarela. Em 2025, foram enviadas 3.201.800 doses.
Orientações para viajantes
Pessoas que planejam viajar para áreas onde há transmissão da febre amarela ou para regiões rurais e de mata devem verificar sua carteira de vacinação. “Quem ainda não tomou a vacina ou recebeu a dose fracionada em 2018 deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para se imunizar e evitar a exposição ao vírus sem proteção”.
As mesmas recomendações, de acordo com o governo, se aplicam para os seguintes grupos:
– populações residentes em localidades com evidência de circulação viral ou em zona rural;
– populações ribeirinhas e no entorno de parques e unidades de conservação;
– trabalhadores rurais, agropecuários, extrativistas e do meio ambiente, entre outros;
– indivíduos com exposição esporádica em áreas de risco (rurais, silvestres).
Vacinação
A vacina contra a febre amarela figura como a principal ferramenta de prevenção contra a doença. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Também está prevista uma dose única para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas.
Orientações básicas
Confira, a seguir, as principais orientações sobre a vacinação contra a febre amarela:
– dose de reforço para viajantes: indivíduos que receberam a dose fracionada da vacina contra a febre amarela em 2018 e que vão viajar para áreas com circulação comprovada do vírus devem receber uma dose adicional na apresentação padrão;
– dose zero: aplicada entre seis e oito meses de vida, a dose deve ser administrada apenas em crianças que residem ou viajarão para áreas com circulação confirmada do vírus;
– vacinação de idosos: pessoas com 60 anos ou mais devem passar por uma avaliação médica individualizada antes da vacinação, considerando o risco de exposição ao vírus e suas condições de saúde.
Cuidados
Além da imunização, o Ministério da Saúde considera fundamental que a população adote medidas de proteção individual para se proteger da febre amarela, incluindo o uso de calças e camisas de manga longa, o uso de sapatos fechados e a aplicação de repelentes em áreas expostas do corpo.
Acrescenta que “como os vetores do vírus da febre amarela têm hábito diurno, essas precauções devem ser mantidas ao longo de todo o dia”.
Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, a orientação é que o paciente busque atendimento médico e informe ao profissional de saúde sobre uma possível exposição a áreas de risco para febre amarela.
Fonte: Agência Brasil