Grupo tentaria levar R$ 4 milhões; registro policial afirma que foram disparados 62 tiros durante a abordagem

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informou que os três homens mortos em um confronto com o Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), nessa terça-feira (29), em Taquaraçu de Minas, na Região Central do estado, haviam planejado um roubo conhecido como “crime do sapatinho”. O alvo seria um casal de empresários da cidade, e o valor estimado da ação era de R$ 4 milhões.
O plano era tão bem articulado que contou com a vinda de uma mulher do Rio de Janeiro, conhecida como “Branca de Neve”, que foi escalada para observar a rotina da família. Outros integrantes do grupo eram de estados como Bahia, Pará e Rio Grande do Sul. Três pessoas foram presas e ao menos outras cinco são procuradas.
Como seria o sequestro
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime estava marcado para o fim da tarde de terça-feira (29), no momento em que o empresário voltaria para casa. Ele atua no ramo de pedras preciosas, e a esposa é dona de uma loja na cidade.
As investigações apontam que a quadrilha era chefiada por um homem, de 42 anos, considerado de alta periculosidade. Ele é apontado como o mentor do plano, responsável por escolher o casal como alvo e dividir as funções entre os comparsas. Ele ainda tem mandado de prisão em aberto e já foi condenado a 47 anos de prisão por crimes como assaltos a bancos, joalherias e sequestros.
A intenção do grupo era sequestrar o casal usando um Chevrolet Onix prata, e levá-los para um sítio no distrito de São José do Almeida, em Jaboticatubas, próximo às rodovias MG-010 e MG-323.
Confronto com a PM
Ao tomar conhecimento do plano, a Polícia Militar (PMMG) montou uma operação e posicionou equipes da Rotam em pontos estratégicos da rodovia MG-020. Por volta das 17h, os policiais identificaram um Onix com as mesmas características indicadas na denúncia vindo de Jaboticatubas.
Segundo a PM, o motorista chegou a reduzir a velocidade, mas em seguida acelerou em direção ao bloqueio policial. Os militares afirmam que viram que os ocupantes estavam armados e reagiram. Segundo o b.o, os policiais dispararam 62 vezes.







