A mulher de nacionalidade brasileira Gisele Oliveira, de 40 anos, foi presa nesta quarta-feira, 6 de agosto. Ela esta em detenção provisória pelo Tribunal da Relação de Coimbra, após ter sido detida na segunda-feira em Pombal, no âmbito de um mandado de captura internacional emitido pela Interpol.

A mulher é suspeita de ter matado os cinco filhos, entre 2010 e 2023, por administração continuada de sedativos, numa investigação que decorre no Brasil.

Os óbitos ocorreram em momentos distintos: dois em 2010, dois em 2019 e um em 2023.

Segundo as autoridades brasileiras, todos os casos estão alegadamente ligados à ação prolongada de substâncias farmacológicas administradas pela mãe.

Gisele ficará agora detida até um máximo de 40 dias, período previsto por lei para que a justiça brasileira formalize o pedido de extradição. Só após esse pedido é que a suspeita voltará ao Tribunal da Relação de Coimbra, onde poderá declarar-se a favor ou contra a extradição.

Caso aceite regressar voluntariamente ao Brasil, o processo segue de forma célere. Se optar por se opor, será então realizado um julgamento no próprio Tribunal da Relação, que decidirá se autoriza ou não a extradição.

A mulher foi detida pela Polícia Judiciária através do gabinete da Interpol em Lisboa, mas, por questões logísticas, a audição foi feita em Coimbra, pela proximidade à cidade de Pombal.

Nesta quinta-feira, dia 07/08, a Polícia Civil de Minas Gerais vai conceder uma coletiva em Ipatinga para apresentação de detalhes da investigação que resultou na prisão, em Portugal, da investigada pela morte de cinco de seus sete filhos biológicos, todos com idades entre 10 meses e 3 anos.
Os crimes ocorreram entre os anos de 2010 e 2023, e a investigação é conduzida pela Delegacia de Polícia Civil de Timóteo, com apoio da Delegacia Regional de Ipatinga e supervisão do 12º Departamento de Polícia.

A prisão da investigada foi realizada pela Polícia Portuguesa, na cidade de Coimbra, após articulação da PCMG com o Núcleo de Cooperação Internacional da Polícia Federal.

A coletiva será conduzida pelos delegados: Talita Martins Soares, Valdimara Teixeira de Paula Fernandes e Gustavo Cecílio, responsáveis pelas investigações.