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PCMG interdita clínica clandestina e resgata mulheres em situação degradante

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) interditou, nessa terça-feira (30/9), uma clínica clandestina de internação para dependentes químicos que funcionava no bairro Samambaia, em Juatuba, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No local, foram resgatadas diversas mulheres em condições sub-humanas. A ação foi realizada em conjunto com a Vigilância Sanitária e a Assistência Social do município.

De acordo com as investigações, a instituição funcionava sem alvará, utilizando receituários médicos em branco e submetendo as internas a maus-tratos, cárcere privado e trabalho forçado. Objetos em situação irregular foram apreendidos e encaminhados pela Vigilância Sanitária, que formalizou a interdição do espaço.

Segundo a chefe do 2º Departamento de Polícia Civil em Contagem, delegada-geral Gislaine de Oliveira Rios Xavier, a prática configura uma atuação criminosa articulada. “São organizações que visam apenas o lucro, recebendo de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil de cada família e submetendo pessoas a condições degradantes”, revelou. “Encontramos mulheres dopadas com coquetéis de psicotrópicos, colchões sujos, alimentos com fezes de ratos, sem acompanhamento médico ou social adequado”, completou.

A delegada destacou ainda a crueldade dos métodos empregados. “As chamadas terapias eram, na verdade, agressões físicas, como socos, chutes e até o mata-leão. Muitas vítimas eram obrigadas a trabalhar em lavouras ou a realizar tarefas domésticas quando não estavam amarradas”, acrescentou.

Rede criminosa

Esta foi a 12ª clínica clandestina interditada neste ano pela Polícia Civil na área de abrangência do 2º Departamento, que abrange Contagem, Betim, Mateus Leme e Juatuba. Apenas nos últimos três dias, três estabelecimentos foram fechados, todos ligados a uma mesma organização criminosa.

O grupo, liderado por um homem de 39 anos, movimentava em média R$ 400 mil apenas com as últimas três unidades. Os suspeitos captavam vítimas por meio das redes sociais e, em alguns casos, enganavam famílias, impedindo visitas ou transferindo pacientes sem aviso.

“É fundamental que as famílias verifiquem sempre se a clínica possui alvará de funcionamento e realizem visitas frequentes. Também pedimos que vizinhos denunciem situações suspeitas, como gritos e trabalhos forçados em zonas rurais”, alertou Gislaine Xavier.

Encaminhamento

As mulheres resgatadas foram direcionadas pela Assistência Social a locais de acolhimento adequados. O inquérito segue em andamento para responsabilização dos envolvidos, incluindo a análise do uso de receituários médicos encontrados no local.

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Ação não permitida.