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Polícia desarticula fraude milionária envolvendo revendedores de cosméticos

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Esquema causou prejuízo avaliado em R$ 6 milhões; golpista percebeu brecha nas compras online

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desarticulou um esquema de fraude que tinha como alvo uma empresa conhecida do ramo de cosméticos. Os resultados da operação foram divulgados pela corporação nesta segunda-feira (3). A líder do esquema é uma colaboradora da empresa de 51 anos, considerada consultora premium por vender no grupo há mais de 20 anos.

De acordo com a corporação, a mulher percebeu uma brecha nas compras online e gerou um prejuízo avaliado em R$ 6 milhões. Segundo as investigações, a empresa tem o costume de oferecer um brinde aos clientes quando eles fazem uma compra. No entanto, quando o brinde acaba, a alternativa é fornecer o cashback.

O cashback é uma ‘moeda digital’ que garante um retorno em outras compras exclusivamente na plataforma. A partir dessa brecha, a colaboradora montou um esquema com outras pessoas para todas comprarem o mesmo produto, o que forçava o esgotamento do brinde e o fornecimento do cashback.

Todas as compras foram efetuadas: as mulheres pagavam e recebiam o retorno financeiro. Na sequência, elas compravam produtos de ponta, como perfumes de primeira linha, e revendiam em outras plataformas e outros sites pela metade do preço.

Entre os meses de março e outubro do ano passado foram R$ 363 mil pagos, o que gerou a compra de 50 mil produtos. Na última quinta-feira (30), foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em 12 alvos. A polícia não descarta a possibilidade de que alguém dentro da empresa tenha participação no esquema.

A falha percebida no site já foi corrigida. Os colaboradores que fizeram as compras suspeitas, de forma intencional ou não, foram bloqueados. De acordo com a delegada Cristiana Angelini, chefe da Divisão Especializada em Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, as pessoas envolvidas no esquema podem responder por lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes contra economia popular e fraude eletrônica.

“As investigações continuam em andamento para apurar a efetiva participação defuncionários (…). Era vantajoso porque ela esgotava o brinde. Ela, a família, os parentes, os amigos, e aí ela conseguia esse cashback para adquirir um produto bem mais bem mais alto”, disse a delegada Cristiana Angelini.

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