A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia de Ferros, concluiu inquérito policial e indiciou um professor de educação física, de 53 anos, pela prática reiterada de crimes sexuais contra alunos. A investigação, iniciada em junho de 2025, identificou pelo menos cinco vítimas, incluindo adolescentes e adultos que foram alunos do investigado.
A apuração teve início após o pai de um adolescente de 14 anos denunciar que o professor enviava mensagens de cunho sexual e fotos explícitas ao seu filho. Em 3 de julho, a PCMG cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. A análise pericial do celular do investigado foi crucial, revelando um vasto histórico de aliciamento.
A investigação identificou um modus operandi que se repetia há décadas. Vítimas ouvidas relataram que, desde a adolescência, eram coagidas psicologicamente, sofriam assédio físico e eram atraídas à casa do professor para a prática de atos libidinosos, inclusive mediante pagamento.
O investigado foi indiciado por um concurso de crimes, incluindo Assédio Sexual, Exploração Sexual de Adolescente e diversos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Esta investigação revelou um modus operandi criminoso que se perpetuou por décadas. O investigado utilizou a confiança depositada pela comunidade e sua posição de autoridade como professor para aliciar, assediar e explorar sexualmente jovens em situação de vulnerabilidade. A coragem das vítimas que depuseram, somada aos elementos de prova objetivos, foi essencial para que pudéssemos interromper esse ciclo de abusos”, declarou o delegado João Martins Teixeira.
O inquérito foi concluído e remetido à Justiça e ao Ministério Público.











