O cantor sertanejo Relber André Pereira Costa, de 44 anos, da dupla Relber e Allan, foi preso na noite desta terça-feira (27), ao chegar para fazer um show no bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.

O motivo da prisão foi falta de pagamento de pensão à família de um motociclista que morreu em 2016, em um acidente com o carro do cantor. Mesmo não estando no carro no momento do acidente, Relber foi condenado junto com o homem que dirigia seu carro.

Os dois condenados acumulam mais de R$ 300 mil em dívidas, entre indenização por danos morais e pensão. São mais de R$ 100 mil só em dívidas com pensão.

Apesar de o cantor não estar no veículo no momento do acidente, a Justiça entendeu que ele foi responsável por permitir que um condutor inabilitado tivesse acesso ao seu carro. Na época, ele afirmou não ter dado autorização para uso do seu carro.

O advogado Ignácio Luiz Gomes de Barros Júnior afirmou que soube da prisão na madrugada desta quarta-feira (27), que não teve acesso à decisão judicial e que “qualquer manifestação sobre o caso somente será realizada após a análise integral dos autos”.

Acidente com carro do cantor
No dia do acidente, em 2016, o veículo do cantor invadiu a contramão e atingiu a vítima, na BR-458, próximo ao distrito de Vale Verde, em Ipaba. O homem, de 32 anos, morreu no local. O motorista, Paulo Felipe Carreiro Morais, deixou o local a pé.

Essa conduta foi enquadrada como culpa in vigilando, ou seja, falta de cuidado na vigilância do uso do veículo. Por isso, Relber foi responsabilizado solidariamente pelos danos causados, mesmo não sendo o condutor direto. Paulo também foi condenado.

De acordo com a Polícia Militar, o mandado de prisão foi expedido pela Vara de Execuções Criminais de Ipatinga. Ele foi cumprido por volta de 23h30, em uma casa de shows na Avenida Heráclito Mourão de Miranda. O preso foi levado à Ceflan 4, no bairro Alípio de Melo.

O que dizem os citados

A organização da “Terça Sertaneja”, evento onde a dupla Relber e Allan se apresentaria, informou que não tem “nada a pronunciar sobre o assunto”.

A defesa da família do motociclista disse que vai se manifestar “exclusivamente nos autos do processo” e que o cantor “nunca cumpriu com a obrigação imposta a ele”.

 

Fonte: g1 Minas