Vítima foi encontrada com o corpo em chamas e socorrida para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu
Três homens, de 27, 34 e 44 anos, foram indiciados pela morte de um homem, de 47, que foi queimado vivo durante uma sessão do “tribunal do crime” no último dia 10 de outubro, em Conceição do Rio Verde, no Sul Minas. O trio deve responder por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de fogo com perigo comum, meio cruel, traição e para assegurar a execução e vantagem de outro crime.
De acordo com as investigações, o crime foi planejado e executado pelos três suspeitos, que invadiram a casa, prenderam a vítima na cama com correntes, amordaçaram-na e atearam fogo no local utilizando uma substância inflamável, enquanto ela ainda estava viva.
A vítima foi encontrada com o corpo em chamas dentro de sua própria residência, no bairro Exposição. O homem chegou a ser socorrido, mas morreu em decorrência das queimaduras, que atingiram cerca de 78% do corpo.
As investigações tiveram início após o crime e contaram com um trabalho integrado das equipes de investigação da Polícia Civil (PCMG) e da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Dois suspeitos foram presos em flagrante pela PMMG e encaminhados à Delegacia Regional em Três Corações, onde tiveram as prisões ratificadas.
O terceiro investigado foi identificado posteriormente e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, após representação da PCMG. A ordem judicial foi cumprida no mesmo dia, com o apoio da Polícia Militar.
Motivação
Segundo a polícia, as apurações apontaram que o homicídio teve motivação relacionada ao tráfico de drogas. A vítima, responsável por guardar entorpecentes pertencentes a um dos suspeitos, teria utilizado parte da substância sem autorização, o que levou à execução como forma de represália e intimidação.
Ainda de acordo com a PCMG, os laudos periciais e as imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para a elucidação do caso, permitindo confirmar a identidade dos suspeitos e reconstituir a dinâmica dos fatos. O caso foi remetido à Justiça.